paola
A fauna das ruas da Índia varia de lugar pra lugar. As vacas estão sempre lá, claro, mas em Rishikesh predominam os macacos, doidinhos! Bom, ontem fui comer… uma torrada com Nutela no meu 2o restaurante favorito, a German Bakery (Rishikesh é pequenininha mas é cosmopolita!). E não é que um macaco, desses que gosta de desafio (rs), entra pela janela, senta em cima de uma mesa vazia, abre o açucareiro, na maior cara de pau, e enfia a cara no açúcar?!?! Cutucamos uns aos outros e ele se assustou. Mas pensa que fugiu? Só levantou a cabeça e continuou ali, mastigando sua iguaria e olhando pra gente. Até o garçom dar um safanão nele. Mas o pior é que o garçom tampou o açucareiro e, do jeito que tava, ficou ali. :-S
Pois é, em Rishikesh os dias se passam entre bate papos nos cafés, na praia (de rio!), caminhadas sem rumo pelas lojinhas, yoga, e afins. Não visitei nenhum templo nem, tampouco, assisti à cerimônia na beira do rio. Já tinha visto o que tinha de mais importante neste sentido e precisava mesmo era descansar. Então, os últimos 5 dias da viagem (snif…) são de total relax.
E…. com direito a mergulho no Ganges! Ge-la-do!! Pois é, o Jan (checo) e a Kate (americana de Vermont), acostumados a nadar em “baldes de gelo” se empolgaram e não me deixaram ficar sentadinha na areia, só curtindo o sol. É, rolam umas prainhas de areia entre as pedras e o rio tava realmente bem convidativo, verdiiiinho. E limpo por ali, tá? Como estávamos meio isolados do vai e vem da cidade (tipo praia particular) e tinha cia masculina, fui toda valente, de biquini e tudo!
Bom, o que dizer… Foi um mergulho divertido numa água super gelada! Dessas que dão uma certa anestesiada. O Ganges deve ter por volta de uns 300 metros de largura ali e uma certa correnteza. Tem fundo de areia (não, não achei nenhum corpo por ali, rs) e água verde clarinha. Bem bonito, com peixinhos e tudo! Mas até o Jan e a Kate sofreram pra entrar. Imagina eu!! Foi um bate-volta até o banco de areia 50 metros à frente e missão cumprida!
Acho que posso dizer que sou uma pessoa abençoada agora, hehe.
Teve direito, também, a uma caminhada (de umas 3 horas) até o ashram pra onde os Beatles vieram na década de 60, e compuseram mais de uma centena de músicas. Um programa que, provavelmente, eu não teria eleito, mas tinha uma turma indo e achei que valeria a pena, nem que fosse pela caminhada. Só que nos perdemos horrooores! Isso porque o Nick, o indiano, supostamente sabia o caminho e se informou ao longo de todo o percurso…
“O ashram dos Beatles fica pra cá ou pra lá?”
“Pra cá. Quando chegarem num leito de rio seco vocês tem que entrar na mata à direita, onde ficam os leopardos e elefantes.”
“Oooooi????”
Como achamos meio absurdo demais pra ser verdade, seguimos às instruções e acabamos conseguindo chegar. Só que o lugar não é um ponto turístico, tá literalmente caindo aos pedaços, to-tal-men-te abandonado, cheio de mato e… fechado. Mas, na Índia, pra tudo dá-se um jeito. Tinha um fulano maltrapilho, semi-nu, na porta que disse que se pagássemos 100 Rupias cada um (mais ou menos 2 dólares) ele nos levaria. Fomos. só que eu tinha saído pra uma caminhada na cidade! De saia longa, como manda o figurino, e sapatilha. E nós entramos numa trilha no meio do mato! Resmunguei um pouco mas sobrevivi, rs.
O lugar é gigante! E parece ter sido bem bonito nos tempos áureos. O legal de se ver hoje são os diversos desenhos e mensagens à la “All you need is love” que sobreviveram nas paredes. Não sabemos bem desde quando estão lá, mas que dá pra entrar no clima, isso dá!
Na saída… Nos deparamos com um belo de um cocô de elefante no caminho… só podia ser! As bolotas eram praticamente bolas de vôlei! Rs
“Bora acelerar esse passo antes que a gente descubra os leopardos!” :-S
E a noite em volta da fogueira foi brindada com muito Beatles no violão! Afinal, tínhamos que apresentá-los ao Nick, que não sabia quem eram, pode isso?
