Levantamos as 6 da manhã pra ver o sol nascer (não dá pra perder essa, né?). O mesmo silêncio sepulcral reinava no deserto… uma delícia! Saímos naquele crepúsculo, com todos os casacos que tínhamos, um por cima do outro (até a calça do pijama tava lá, hehe). Paz, essa é a palavra que resume aquele momento. Até o vento parecia ter ido descansar. Caminhamos devagarzinho e, a medida em que subíamos as dunas percebemos que, sim, havia uma brisa leve… e friiiia… que nos fez concentrar toda a forca do pensamento em fazer aquele sol subir logo pra nos aquecer ;-P
Nos divertimos tirando fotos da lua, enorme, que ainda estava por ali, brincando de esconde-esconde com o sol que ameaçava sair. Buscamos um ponto mais protegido do vento para assistir àquele espetáculo particular só nosso. Não havia, absolutamente, mais ninguém ☺
Nos aquecemos com os primeiros raios de sol e, quando levantamos, nosso motorista já estava acenando láaaa de longe “breakfast!” Era hora de nos prepararmos para voltar. E, pra minha alegria, tínhamos um lindo céu azul para fotografar e curtir o percurso de volta ☺ Dunas, pedregulhos, areia, buchos… vimos camelos! Umas 3 caravanas pelo caminho. Provavelmente de algum acampamento turísticos mas só tinha o “chamelier”, como eles chamam aqui (chiquérrimo! Rsrs) e os camelos. Uma tava até parada ao lado de um poço (desses de filme mesmo, no meio do nada – aliás, não falei que o Jan resolveu dar uma de machão na ida e bebeu a água do poço, né? Sob meus protestos! Direto daquele “balde” coletivo que você puxa pela cordinha. Se tiver uma dor de barriga não vou querer saber…).
Avistamos um outro carro à nossa frente indo na mesma direção: uma Hilux que um dia foi branca. “Devem ser outros turistas voltando”, pensei. E meu instinto competitivo começou a pedir pro nosso motorista acelerar pra passarmos eles, hehe. E parece que ele “ouviu” ;-P Logo, logo estávamos bem próximos. Ora nosso motorista seguia a trilha da Hilux, ora traçava uma paralela e meio que emparelhava. “Passamos eles!!!”, comemorei no meu íntimo, rs. Mas vieram lombadas, pequenas dunas e, como não tem um caminho delimitado, dirigir no deserto é uma escolha constante de por onde seguir. E eles nos
passaram ☹ Ficou plano. E nosso motorista acelerou! Uhu!!! Ele já não disfarçava mais: ria e tentava encontrar um caminho para ultrapassá-los loucamente, rs. E conseguimos! Yes! Não resistimos em esticar o pescoço, já de janelas abertas para ver as caras deles. De fato tinham 2 turistas no banco de traz que tiveram a mesma curiosidade e olharam pra gente, rindo também. Abrimos vantagem. Nosso motorista é muito bom, yes! Mas, de repente, lá estavam eles na nossa cola: duna, pedregulho, duna, pedregulho, e eu dando “cambalhotas” no banco de trás… eles nos passaram – esticando o pescoço pra ver a nossa cara, rindo… Acreditam que eles esticaram a mão pro lado de fora da janela segurando uma Go-pro pra filmar a gente correndo atrás deles? Morri de rir! E dei ciaozinho pra eles com o braço pra fora da janela. Mas nós ultrapassamos eles por ultimo, que fique bem claro. Hahaha a-mei o meu “Rally Dakar”!!