A cadeia alimentícia Boliviana

Confesso que quando nos apresentaram o roteiro da Bolívia achei que aquele monte de paradas fosse meio encheção de linguiça pra vender mais. Afinal, o que poderia haver de tão interessante pra quem já tinha explorado o Atacama de cabo a rabo, além do salar de Uyuni?

Tolinha… Eu realmente não imaginava, mas a Bolívia é um des-bun-de! Uma natureza tão intocada e intensa que, realmente, cai o queixo.

A fronteira já é uma aventura, saca só

As montanhas são um off road multicolorido do início ao fim. Por conta da presença de diferentes minerais, elas e as lagoas assumem cores diferentes e, não raro, combinam várias.

Diferentemente da flora, que segue modesta e limitada aos oásis das nascentes, riachos e lagoas, a fauna impõe respeito.  Não sou entendida de pássaros, mas para aqueles que curtem deve ser um paraíso.  Sim, porque eles não se intimidam com a nossa presença. Voam baixinho, caminham, caçam e descansam como se a gente não estivesse ali.  São aves das mais diversas, grandes e diferentonas, incluindo flamingos, que são um espetáculo à parte, pelo menos para nós que não estamos acostumados a eles. Na Bolívia encontramos bandos maiores e pudemos vê-los mais de pertinho, porque não há qualquer controle quanto à nossa aproximação. As llamas, vicuñas e guanacos aparecem aos montes também, gentilmente dividindo seu espaço com intrusos como nós. São mais ou menos como as vaquinhas que vemos, constantemente, nas estradas do Brasil, com a diferença que ficam soltas.

“Olha ali! Olha ali!”, aponta o Jan para algo correndo muito rápido do lado do carro em movimento.

Era pequeno e tinha um pêlo meio espetado. Achei que fosse algo na linha de um porquinho do mato.

“Cadê a câmera?!?!”

Freamos. E ela também, nos encarando do alto dos seus 40 cm (acredito eu), igualmente curiosa.

Só deu tempo para um único clique.  E aqui está meu registro da nossa raposa valente.

Voilà, a sra. Raposa
0 0 votes
Article Rating
Subscribe
Notify of
guest
0 Comentários
Inline Feedbacks
View all comments