O espetáculo mais lindo da vida

Ver o sol nascer no Salar de Uyuni significa acordar às 3 da madrugada (pra tomar café às 3:30 e botar o pé na estrada, com toda a tralha devidamente amarrada no teto do carro, às 4).  Cada cara de sono mais linda do que a outra, rs. Lembram que o banheiro era compartilhado, né? Pois é, uma beleza… Mas vamos acreditar que essas experiências nos tornam seres humanos melhores 🙂 

Dirigimos em torno de 1 hora e meia até chegar no fim da linha, literalmente: a estrada simplesmente acaba. No nada. O que víamos 360o à nossa volta era um grande vazio. Nem um animalzinho ou um buchinho pra contar historia.  Só um céu absurdamente estrelado, começando a clarear, e uma planície colossal de sal… e água. Yes!!! Tinha água!!! Demos muuuita sorteee!! Porque é quando tem aquela camada de água em cima do sal que se cria aquele espelho incrível do céu.  Ou seja, um nascer do sol sensacional vezes 2! OK, se as pessoas soubessem tirar foto ficaria bem melhor, rs, (assassinaram várias) mas vamos abstrair dessa parte.

Deslumbrados com o lugar, viramos criança e começamos a nos deliciar por hooooras e horas tirando fotos de todas as cores do céu, da sombra, do carro e embarcamos no clichê (se é que uma viagem dessas pode ser considerada clichê) tirando da cartola aquelas 1.001 poses ;-P

As minhas não ficaram como eu gostaria (depender dos outros é dose… hehe), mas, acreditem, a experiência foi ú-ni-ca! O lugar é muito especial e as condições perfeitas fizeram com que nos sentíssemos muito abençoados _/\_

De repente vemos alguns outros jipes entrando “mar” adentro, sem cerimônia. “Ué, pode?”

“C’mon… Quintin, vamonos! Pleeeeaaase!” E botei minha melhor cara de pidona 😀

Fomooos!!!

Entrar com o carro naquela planície alagada que, a essa altura, era um degradé colorido só, em que não se sabe onde termina o chão e começa o céu… dá uma sensação… de se estar diante da obra de arte mais incrível já feita, sendo que você é parte dela. É DE-MAIS!!!

Ah! E os alemães? Sim, eles reconheceram que foi um nascer do sol especial ;-P
Mas não me agradeceram.

No caminho para o nosso hostel de sal, paramos num casebre para o almoço.  Quintin sugeriu que fossemos explorar a lagoa ao lado, enquanto ele arrumava tudo. Quando nos sentamos, ele apareceu, todo sorridente, com uma bolsa térmica e a colocou na mesa, como quem tem um tesouro nas mãos. Abriu a bolsa e tirou uma panela lá de dentro, pedindo que colocássemos a mão. “Miren, aún está caliente!” <3

Quintin, o motorista mais fofo, abriu a panela e nos mostrou que tínhamos arroz quentinho pra acompanhar o… atum enlatado, milho, cogumelos e salada de tomate com pepino. É isso aí, vamos que vamos!

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